A primeira vez que ouvi está palavra foi em 2017 conversando com uma nova e grande amiga que conheci através do Slow Food Binacional, aqui em Livramento. A Liliane Furtado, Lika, me explicou com tanto carinho e emoção sobre o tema que fiquei curiosa para saber mais.
Tanto fizemos por aqui sobe a filosofia do Slow Food, que chegou até nós a oportunidade de receber o Valdely Kinupp e a Irani Arteche para um curso no Rancho Canela do Mato.
Depois de “pensarmos juntos” conseguimos viabilizar a tão esperada visita. Juntamos amigos, “seguidores”, simpatizantes, curiosos, chefes de cozinhas, estudantes, agricultores formamos um grupo divertido e entusiasta da idéia ecológica. Junto começamos a idealizar vinda deles.
As Plantas Alimentícias Não Convencionas (PANC) se tornou um curso e palestra com o botânico e professor Valdely Kinupp e a nutricionista Irany Arteche em Sant’Ana do Livramento naa segunda feira dia 8 de abril. O curso fez parte do projeto PANC e a Trivialidade na Cozinha do RS que aconteceu em seis cidades gaúchas.
Kinnup criou o termo Plantas Alimentícias Não Convencionais, é biólogo e professor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Amazonas, Campus Manaus-Zona Leste (IFAM-CMZL) e atua na pesquisa e divulgação das Panc – Plantas Alimentícias Não Convencionais. É doutor em Fitotecnia- Horticultura pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul e mestre em Ciências Biológicas (Botânica) pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia – INPA. Publicou em 2014, pela editora Plantarum, o livro “Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANC) no Brasil” em coautoria do pesquisador Harri Lorenzi.
Irany Arteche criou o acrônimo PANC, é nutricionista com mestrado em fitotecnia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Foi pioneira na implantação da merenda agroecológica em larga escala nas escolas públicas estaduais gaúchas e idealizadora do Projeto PANC junto à CONAB e ao Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento – PNUD.
O curso que foi promovido pelo Slow Food Binacional em parceria com a Emater e UERGS e com apoio do Empório Canela do Mato e da Fazenda Palomas e foi realizado durante todo dia na propriedade rural Rancho Canela do Mato com a proposta de sensibilizar os participantes a respeito do conceito PANC, difundindo e popularizando os potenciais gastronômicos, nutritivos e ambientais através de atividades de identificação, coleta e preparações com plantas alimentícias não convencionais.
O dia foi perfeito. Outono, sol radiante, temperatura envolvente.
Aprender novas ideias de pessoas com tanto amor pela ciência, pela gastronomia e pelo conhecimento aplicado torna a educação ambiental desafiante.
A Irani disse ao sair do Rancho Canela do Mato:
– Vocês estão proibidos de serem mal humorados em um local como este.
Completo a frase:
– … sempre que pessoas como o grupo deste curso estiverem por perto!